Eu estava perdendo a sanidade, era suicida o que eu estava aceitando viver, aquilo não era amor, não havia as coisas mais basicas pra se considerar um relacionamento saudável. Percebi que aquilo me fazia mais mal do que bem, que eu estava sobrevivendo, e acomodada com toda aquela situação, começava ja a pensar que o máximo de "amor" que eu poderia receber na vida era aquele, achava que talvez por algum motivo eu merecia passar por isso, você conseguiu arrancar de mim minha auto estima, que ja não era grande, me fez sentir-se tão pequena e dependente de você.
Foi cruel se submeter a receber, essas migalhas que jogava sobre mim, as pessoas sempre me falavam: - Sai disso, você merece coisa melhor. Mas ninguém me dizia que eu não precisava de alguém pra ser feliz, ninguém me falava que depositar nossa felicidade na mão de outra pessoa era burrice.
E eu continuava ali, estagnada, não ia pra frente nem pra traz, eu sempre pensava, que um dia as coisas iriam melhorar, que tudo mudaria, um dia... tão ingênua que fui.
Meus amigos já não mais me reconheciam, queriam me salvar daquilo tudo, mas isso não dependia mais de ninguém alem de mim.
Como pude perder tanto tempo da minha vida, apostando fichas em algo inútil, como deixei as coisas chegarem ao ponto que chegaram? Foi por amor, é o amor as vezes nos faz cometer coisas entupidas, agir de maneira impensável, mas um dia a gente acorda, e eu descobri um amor que era tão forte quanto esse que eu insistia em colocar sobre um pedestal, eu descobri o tal do amor próprio. E depois de tanto ter apanhado pela minha teimosia, eu acordei, e como é maravilhoso despertar, foi ali que percebi, que eu merecia um amor de verdade, respeito, reciprocidade, alias todo nós merecemos e não menos que isso. E fui embora, é eu fui, sem sequer olhar pra traz, e foi um dos dias mais felizes da minha vida, eu estava liberta daquela coisa toxica e doentia, estava livre pra ser feliz, e estar sozinha ja não era um medo, já não era assustador. Eu estava em paz e você não podia mais tirar isso de mim, e como é bom ser livre, como é bom voltar a se amar, como é bom ter um relacionamento serio consigo mesma.
Amar, como qualquer outra coisa na vida, a gente também aprende. E nos amarmos deveria ser a primeira regra dela.
ResponderExcluirCrescemos com uma imagem romântica de que o amor é se sacrificar pelo outro e que o outro é obrigado a fazer o mesmo. Mas isso não acontece e dai vem a frustração. Não é assim que as coisas funcionam.
Claro que queremos ser amados em igual proporção, mas exigir amor, é viver de migalhas...